Profanação litúrgica após a reforma litúrgica do pós-VaticanonII, de 1969.
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“ Quando houve abalos na fé, houve em geral subversões na Liturgia. As extravagâncias doutrinais dos gnósticos no século II, fizeram-nos cair em extravagâncias litúrgicas. Entre eles, Valentim servia-se dos hinos litúrgicos para neles vazar as suas doutrinas, como refere Tertuliano (...). As grandes heresias que nos séculos IV e V sacudiram a Igreja, buliram também a Liturgia (...). Os eutiquianos ou monofisitas, para favorecerem a sua heresia, modificaram na Missa as palavras que acompanham a mistura das duas espécies depois da fração da Hóstia. E ainda hoje os Armênios monofisitas não lançam as gotas de água no vinho do cálice, para não significarem com isso a distinção das suas naturezas em Cristo (...). Nos séculos VIII e IX as controvérsias mais importantes que se debatem na Igreja, todas elas têm relação muito próxima com a Liturgia. No Oriente a heresia dos iconoclastas, e a definição do II Concílio de Nicéia que os condenou, são diretamente litúrgicas no seu objeto: o culto dos santos e das imagens (...). Os hereges do século XII e XIII, Valdenses e Albigenses, em conseqüência dos seus princípios gnósticos e maniqueus, segundo os quais a matéria é origem do mal, impugnavam radicalmente o culto sensível da Igreja. (...) Estalou por fim o protestantismo, a mais revolucionária das heresias. Subverteram os Protestantes o Dogma tradicional, e logicamente também o culto estabelecido. (...) Do rescaldo da heresia protestante acenderam-se ainda na Igreja o jansenismo e galicanismo, que vieram a eclodir no conjunto de erros proclamados no Sínodo de Pistóia, em 1786, alguns acerca de Liturgia. Todos eles foram condenados na Constituição “Auctorem fidei” de Pio VI. Os erros litúrgicos são diretamente contrários à disciplina; no fundo porém, são contrários à doutrina, e foi sobretudo neste sentido que eles foram condenados”.
Notas:
Padre Manuel Pinto, S.J., em seu livro “O valor teológica da Liturgia”, art. II.
Para citar: Por Católicos Romanos, “Quando houve abalos na fé, houve em geral subversões na Liturgia”, em 15/10/2017, às 11h34.
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