12 fatos sobre a Inquisição que você não sabia


Por Católicos Romanos | 22/12/2019

1 – A Inquisição iniciou no final do século XII com tribunais esporádicos, sendo estabelecida efetivamente no século XIII pelo Papa Gregório IX.

2 – Tinha o objetivo de preservar a Fé e a civilização cristã das ameaças sobretudo da heresia cátara que assolava o sul da França; nesse período a Inquisição durou somente até o fim dessas ameaças, no final do século XIV.

3 – Os cátaros pregavam que toda a matéria é má; que o suicídio era necessário para libertar-se da matéria; que o batismo era diabólico e que o casamento era abominável, daí matar mulheres grávidas era uma maneira de impedir que mais matéria nascesse.

4 – A inquisição foi o primeiro tribunal da época a permitir ao acusado defender-se amplamente de acusações.

5 – Em Toulouse, França, centro da heresia cátara, entre os séculos XIII e XIV somente 1% dos acusados de heresia nesse período de cem anos foram condenados à morte, ou seja, a morte não era o objetivo da inquisição, mas a preservação da fé e da sociedade cristã, prova disso é Rainier Sacconi, do século XIII, bispo cátaro convertido ao catolicismo e que anos depois tornou-se Inquisidor, também foi autor da Summa de Catharis et Leonistis, que falava sobre as heresias de seu tempo.

6 – A Inquisição Espanhola foi fundada em 1478 a pedido do Rei Fernando II e Isabel I, mesmo com relutância, pelo Papa Sisto IV, para unificar a Espanha no Catolicismo e extirpar falsos convertidos ao cristianismo vindos do islamismo e sobretudo do Judaísmo, que tinham poder monetário, o que era um perigo para o império, devido suas possíveis conspirações. A Inquisição Espanhola teve fim em 1820, já em declínio desde o século XVIII.

7 – A lenda negra sobre a Inquisição Espanhola foi criada após a batalha de Mühlberg no século XVI, em que Carlos V, Rei da Espanha e Sacro Imperador Romano-Germânico venceu os exércitos protestantes de João Frederico I da Saxônia e Filipe I de Hesse.

8 – Um documento protestante assinado por “Montanus”, ainda no século XVI, descrevia a Inquisição Espanhola como sanguinária e implacável que assassinava e torturava desenfreadamente. A imagem de religiosos fanáticos encapuzados que queimavam e torturavam teve início neste escrito, seguido de vários outros, todos de origem protestante, responsáveis pela descaracterização da Inquisição.

9 – Nenhuma dessas ações com instrumentos de tortura e assassinatos desenfreados são encontradas nos documentos inquisitoriais originais da época, conservados em lugares como a Biblioteca de Salamanca na Espanha.

10 – A Inquisição Espanhola não matou milhões, do ano 1540 à 1700, foram celebrados 44.674 juízos por tribunais inquisidores e foram mortas quase 2% (para precisão, 1,8%) das pessoas julgadas; outros 1,7% foram condenados em contumácia, ou seja, não foram justiçados pessoalmente, mas em lugar delas foram queimados ou enforcados fantoches

11 – Segundo especialistas renomados sobre a Inquisição, como Agostino Borromeo e Stephen Haliczer, a Inquisição Espanhola em sua época foi a mais respeitável quanto à tortura, raramente fazendo uso dela, e de modo a não matar o acusado ou causar-lhe danos corporais irreversíveis.

12 – Era comum na Espanha, prisioneiros civis blasfemarem em seus julgamentos civis para serem julgados pelo tribunal da Inquisição, por ser muito mais brando que os demais tribunais da época.

Fontes consultadas: 
» Rino Camilleri, La Vera Storia dell Inquisizione, ed. PIemme, Casale Monferrato, 2001.

» Agostino Borromeo, L' inquisizione. Atti del Simposio internazionale (Città del Vaticano, 29-31 ottobre 1998).

» Stephen Haliczer, Inquisition and Society in Early Modern Europe. London, U. K.: Croom Helm. 1986.

» Stephen Haliczer, Inquisition and Society in the Kingdom of Valencia, 1478-1834. Berkeley, California: University of California Press. 1990.

» Henry Kamen, The Spanish Inquisition: A Historical Revision. London and New Haven: Yale University Press (1997)

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